quarta-feira, 24 de junho de 2015

Seleção Distrital de Sub 12

As nossas três meninas em ação na Seleção Distrital de Sub 12 - Rita Lopes, Iris Sotto Mayor e Gabriela Falcão

V Festa Nacional Minibasquete - Inter Associações

As nossas minis 12 Ana Rita Lopes, Iris Sotto Mayor e Gabriela Falcão vão estar em Paços de Ferreira. Boa sorte e divirtam-se!!!

Festa de Encerramento do SCF 2015 - Manhã Desportiva

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Seleção Distrital de Sub 12

As nossas atletas que foram dar uma "ajudinha" na preparação da Seleção Distrital de Sub 12 :)

Alunos que fazem mais exercício físico têm melhores resultados escolares
Diariamente, é recomendado fazer uma hora de actividade física moderada e vigorosa Foto: Paulo Pimenta
 
Os alunos que fazem exercício físico têm melhores resultados escolares, conclui uma investigação junto de três mil alunos realizada, ao longo de cinco anos, por uma equipa de investigadores da Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade Técnica de Lisboa (FMH/UTL).
Os jovens com aptidão cardio-respiratória saudável tiveram um maior somatório das classificações a Português, Matemática, Ciências e Inglês.

Luís Sardinha, director do Laboratório Exercício e Saúde, da FMH, afirma que existe "a tendência para sobrevalorizar a parte biológica" dos benefícios do exercício físico. E este estudo também os comprova, evidenciando, por exemplo, que "os alunos insuficientemente activos", ou seja, que não cumprem as recomendações de actividade física diária (pelo menos 60 minutos por dia de actividade física moderada e vigorosa), têm maior probabilidade de serem pré-obesos ou obesos, que os miúdos cuja aptidão cardio-respiratória é saudável, decorrente do exercício, têm mais massa óssea, e os que não a têm tendem a ter uma saúde vascular pior.

Mas, para o coordenador do estudo, o resultado mais inovador desta investigação - feita em parceria com o Ministério da Educação e Ciência (MEC) e a autarquia de Oeiras - é o demonstrar que o aumento da actividade física tem reflexos "na parte psicológica, uma dimensão que tem sido menos estudada", nota. "Face à dimensão da amostra", o investigador admite que os resultados possam ser extrapolados para a população escolar.

O chamado Programa Pessoa, co-financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), estudou durante cinco anos (começou em 2007) três mil alunos de 13 escolas do concelho de Oeiras, usando desde acelerómetros, instrumentos que os alunos usavam na cintura para medir os seus tempos sedentários e activos; ecografias para medir a espessura das camadas da artéria carótida; cronómetros para medir a performance cardio-respiratória dentro de um determinado circuito com cadência progressiva.

O que se concluiu é que os alunos do 3.º ciclo com aptidão cardio-respiratória saudável têm melhores classificações a Matemática e a Língua Portuguesa e que, no geral, os alunos com aptidão cardio-respiratória saudável têm um maior somatório das classificações a Português, Matemática, Ciências e Inglês. Ou seja, o exercício físico tem efeito positivo no aproveitamento escolar, uma conclusão que estava sobretudo estudada em idades mais novas, nota.

"Esta linha de investigação vem demonstrar a importância do jogo e actividade física informal e organizada para todas as crianças em contexto escolar", defende Carlos Neto, presidente da FMH/UTL.

Mais auto-estima

A explicação para este efeito foi já estudada noutras investigações: "o exercício promove a formação de novos neurónios e uma maior interacção entre neurónios, que, por sua vez, promovem maior sensibilidade e desenvolvimento cognitivo".

Mas não só. É sabido que a adolescência é uma idade turbulenta, tendencialmente acompanhada pela diminuição de indicadores ligados à qualidade de vida, refere o investigador. O que este estudo também permitiu concluir é que, aumentando a actividade física, cerca de uma média de duas horas por semana, melhoraram indicadores como "a auto-estima, afectos positivos, competência, autonomia, relacionamentos positivos e boas motivações". Pelo contrário, constata-se que os rapazes e as raparigas que fizeram menos exercício desceram nestes indicadores.

Além da produção de resultados estatísticos, o Programa Pessoa esteve no terreno para tentar mudar comportamentos em termos de exercício físico e nutrição, dando acções de formação a professores das várias disciplinas, e produzindo quatro manuais. Nos alunos que revelam maior apetência para a prática desportiva, "um dos objectivos do programa foi criar uma porta de entrada à maior participação desportiva".

Luís Sardinha afirma que "nos jovens há uma luta muito grande entre comportamentos sedentários, associados às tecnologias, e exercício físico" e, defende Sardinha, nesta faixa etária, "temos que mudar o discurso". "Nos jovens, a mensagem assente nos benefícios que o exercício traz à saúde não é eficaz", diz, "estão numa idade em que pensam que são super-homens e não têm capacidade para se colocarem na linha de vida aos 40 anos". O investigador sabe que apelar a estes jovens não tem o efeito desejado.

O investigador sublinha que o que é importante é que os jovens "identifiquem o retorno que o exercício lhes traz com situações do dia-a-dia: têm de perceber que [se fizerem exercício] dormem melhor, interagem com mais confiança com o namorado ou a namorada, podem ter melhores notas, relacionam-se mais positivamente com os colegas e os pais".

Se o exercício físico se revela tão importante para os alunos, como é que Carlos Neto comenta a redução da carga horária da Educação Física e a nota da disciplina no final do secundário deixar de contar para todos os alunos? "Um corpo sedentário a par de um currículo escolar apenas centrado nas aprendizagens socialmente úteis (corpos sentados) será um caminho problemático no aumento do "analfabetismo e iliteracia motora" dos cidadãos", responde, acrescentando que "as posições assumidas pelo MEC [são] paradoxais e incompreensíveis".

O ideal seria que, ao terminarem o 12.º ano, estes alunos fossem "consumidores educados do exercício físico", isto porque "está identificado que este é o período de maior abandono da actividade física, por ser uma altura que os jovens adultos adoptam novas rotinas, quer arranjando emprego ou indo para a universidade. Este é um período crítico para o reconhecimento do valor do exercício físico", conclui Sardinha.

O Ministério da Educação e Ciência rejeita que exista uma redução efectiva das horas da disciplina, lembrando que cabe às escolas tomar essa decisão. Quanto ao secundário, a nota contará apenas para os estudantes que queiram. Portanto, "não existe assim qualquer desvalorização da disciplina", informa.

Dormir nove horas

Os alunos que dormem menos de oito horas por noite têm maior risco de serem pré-obesos ou obesos, conclui o estudo, confirmando assim uma relação já identificada em estudos anteriores. O tempo ideal de sono nas idades estudadas (dos 13 aos 15 anos) é de mais de nove horas, diz o coordenador do Programa Pessoa, Luís Sardinha.

"Os miúdos que dormem menos têm um Índice de Massa Corporal superior. Dormir oito ou mais horas por noite reflecte-se também num maior aproveitamento académico", aponta. Os alunos que dormiam um mínimo de oito horas por noite tiveram melhores classificações a Matemática e Língua Portuguesa, revelam os resultados.                                 
                      

Um artigo que todos os pais de atletas deveriam ler...

Está despedido!
Por Mário Silva Maio 29, 2015, em Basquetebol
Está despedido!        
cab basquetebol nacional
A vida dos treinadores de basquetebol dos escalões de formação não está fácil. O campo de recrutamento em Portugal é cada dia mais diminuto, a modalidade perdeu muito do seu espaço e o futebol cedo recruta “tudo e todos”. Em grandes dificuldades económicas, os clubes, na sua maioria falidos, recorrem ao patrocínio dos pais, que suportam a maioria das despesas. Não surpreende pois que cada vez mais a interferências da maioria deles seja maior, sem entenderem bem o seu papel e complicando a vida aos treinadores, na sua grande maioria jovens. Alguns assumem a figura de pais/treinadores e na maior parte das vezes não conseguem despir a farda de pais. Outros sem conhecimentos da modalidade e do desporto vão para diretores ou seccionistas. Ambos, muitas vezes, desligam-se da modalidade quando os filhos acabam a formação.
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O problema não é obviamente exclusivo nacional. Encontrei no site Pro Shot Shooting System uma boa reflexão do tema. Relatava Paul Hoover, o responsável do sistema, que nas últimas duas semanas tinham sido despedidos dois dos seus amigos treinadores (um estava no “High School” de New Jersey e outro estava na “NAIA”). A razão justificativa de tais despedimentos era: “Os pais não estavam contentes com o tempo de jogo dos seus filhos na equipa.”
Isto é muito preocupante e, infelizmente, está a ser cada vez mais frequente no desporto. Sempre acreditámos que o tempo de jogo de cada atleta é uma decisão apenas e só do treinador, que coloca a jogar quem bem entende. Então, por que razão são os treinadores demitidos por causa do tempo de jogo? Vivemos na era dos direitos. Assim, muitos pais e atletas acreditam que têm direito a jogar o tempo todo. De onde vem essa noção? Provavelmente tudo começa em casa, e o facto de em Portugal a maioria pagar uma mensalidade leva-os a pensar assim.
Recordo um episódio recente em que uma mãe reivindicava um treino suplementar porque a filha não tinha sido convocada para o jogo do fim de semana, logo tinha direito a uma “aula” suplementar seguindo a regra em vigor nas escolas. Os regulamentos definem em alguns escalões o tempo mínimo para a participação de cada jovem. Para jogarem mais tempo, os jovens têm de conquistar minutos com trabalho e disciplina.
Os pais não estão nos treinos todos os dias e não sabem o que realmente lá se passa. Mas o que realmente preocupa a maioria é saber se os seus filhos jogam ou não. E se não jogam a “vingança” pode colocar o lugar do treinador em perigo. Temos notado que ultimamente houve uma mudança radical na forma como muitos pais olham para o basquetebol. No passado, a crença era a de que o basquetebol e os desportos em geral ajudavam a compreender e a suplantar as adversidades. Muitos de nós crescemos com o ditado “quando as coisas ficam difíceis, o trabalho duro vai recomeçar.”
O basquetebol também ajudou muitos jovens a desenvolverem uma ética de trabalho. Os que eram melhores jogadores eram assim porque trabalhavam muito mais e de forma muito intensa as suas habilidades. Como dizia Michael Jordan, “com o fracasso também se aprende”. Nos velhos tempos, jogar não era um direito. Era algo que se conquistava com trabalho e dedicação. E quando os jovens se queixavam aos pais estes diziam: “Tu precisas é de trabalhar muito mais.
basquetebol pai e fillho
Recentemente um treinador comentou: “o problema que vejo é que a criança, mal entra no carro após o treino ou jogo, a primeira coisa que ouve dos pais é: divertiste-te, filho?” Os treinos no basquetebol devem ser intensos, disciplinados e servir de experiência para as aprendizagens; não têm necessariamente de ser divertidos. A diversão deve vir só depois dos treinos ou dos jogos, como experiências de uma equipa que é bem sucedida e trabalha com uma direção e objetivo concretos. Não é assim que pensam muitos pais e “treinadores”, que acreditam que o desporto deve ser divertido ao longo de cada treino e dos jogos. “E se o pequeno “Johnny” ou a “Susie” não se estão a divertir com o basquetebol, então há algo de errado com esse treinador”.
Finalmente, quando um Diretor despede um treinador com base no tempo de jogo, devia ser também imediatamente demitido. Preocupam-se mais em agradar os pais do que com o que é realmente importante. Os treinadores nunca deviam estar preocupados com quem joga ou não e com o facto de isso irritar um certo grupo de pais, apenas porque o seu trabalho pode estar em perigo.
Razões para demitir um treinador devem incluir apenas e só mau comportamento, apatia, fraco motivador ou falta de compreensão de como ensinar o jogo. Em nenhum momento o treinador deve incluir o tempo de jogo como sua preocupação.